1.18.2002
1.16.2002
Preâmbulo
Uma pesquisa sociológica sobre linguagem e sociedade envolve muitos aspectos que aparentemente não estão ligados. Cabe ao cientista em formação elucidar esses vínculos de forma a tornar claras as relações entre técnica e cultura, entre comunicação e tecnologia, entre evolução e desenvolvimento, entre entendimento e conclusão, enfim, cabe ao cientista social apontar como determinados fatos devem ser estudados no seu campo.
A tradição da minha escola de sociologia é diferente do tema abordado nesta pesquisa, o que dificultou certas comunicações e por vezes trouxeram mal-entendidos. Grande parte do trabalho foi eminentemente bibliográfico, o que reuniu num mesmo volume obras da maior importância social que pareciam esquecidos da comunidade acadêmica.
A metodologia aplicada a esta pesquisa foi basicamente a observação participante (durante o estagio de informática no Centro de Processamento de Dados/Pró-Reitoria de Graduação), entrevistas e uma incansável busca por literatura especializada em tecnologias da inteligência.
Começo por um livro que motivou toda a pesquisa: “Jesus Viveu na Índia”, de [1]Holger Kersten, com o subtítulo, “A desconhecida história de Jesus antes e depois da Crucificação”, e que me levou a querer descobrir quais as formas de controle que as classes dominantes utilizaram para manter o poder e manipular grandes massas humanas desde o início de nossa Era.
Essa busca me levou ao encontro da Cibernética, uma ciência nova, criada e conceitualizada por [2]Norbert Wiener. Com as possibilidades alcançadas através da cibernética o homem deu um salto quantitativo e qualitativo de seu entendimento da vida e de sua relação com o mundo. A descoberta desta nova ciência levou-me a direcionar os estudos para as formas como cada cultura lidava com sua oralidade, com sua memória coletiva, e como essa memória através da oralidade impunha as relações de poder dentro de cada sociedade.
A oralidade aqui, é trabalhada com o conceito de técnica, ou seja, como uma ferramenta utilizada e desenvolvida por cada cultura para tornar a comunicação possível entre os membros desta cultura e assim manter a sociedade viva e em equilíbrio.
Desta forma o estudo foi se complexificando, pois tive que buscar fundamentos psicológicos para o ser humano querer viver em sociedade apesar de todas as diferenças, e ainda progredir materialmente e espiritualmente. Nesta busca encontrei [3]Fritjof Capra, tecendo uma teia entre todos os campos científicos e filosóficos, enfim, uma teia epistemológica, semiótica, holística.
Quando encontrei os trabalhos de Capra me deparei com uma fonte infindável de pesquisa bibliográfica e me vi fora dos domínios da tradicional e positiva ciência social.
Passei então a procurar fundamentos filosóficos para o entendimento dos efeitos das novas tecnologias nas culturas que antes não dispunham destas técnicas: maquinas a vapor (quando só existiam barcos à vela e cavalos para o transporte), fotografia (quando só havia pinturas), telégrafo (quando só havia cartas), etc. Essas inovações tecnológicas tiveram imenso impacto em todas as sociedades, mesmo as mais remotas, e assim foi com o avião , o automóvel, a metralhadora, a maquina de escrever portátil, o radio, a televisão, o computador pessoal, o vídeo-cassete, o telefone celular, o cd, a Internet móvel,etc... Uma infindável lista de inovações tecnológicas que mudaram (e ainda estão mudando) o mundo, as pessoas e o que as pessoas pensam dele.
Está, então, no escopo deste trabalho de pesquisa, fatos que mostrem como nossa cultura através da criatividade de seus membros, assimilam as novas tecnologias e o que fazemos para produzir nossa própria “nova tecnologia” e difundi-la neste mundo globalizado sob esta nova ordem mundial.
A Complexificação
Depois que encontrei os estudos do físico Fritjof Capra, busquei algumas respostas na contemporaneidade da psicanálise de [4]Félix Guattari, que propõe um novo paradigma para o conhecimento humano. Tendo em vista suas idéias inovadoras sobre as percepções humanas, acabei obtendo mais perguntas do que respostas, com a grande diferença de que agora eu sabia fazer as perguntas. A questão semântica é básica nas teorias de Guattari, o que me arrastou até os livros de [5]Pierre Lévi, que analisava como seria o pensamento humano na era digital, na época da virtualização do real.
Antes mesmo de encontrar as teorias revolucionárias da cibernética de Wiener, me deparei com [6]Marshall MacLuhan, o filósofo da era eletrônica (como era conhecido em 1964), precursor de teorias fantásticas sobre os meios de comunicação e suas relações com o homem, este cientista ensinou ao mundo uma nova forma de ordenar as idéias, que ele chamava de mosaicos. Ele afirmou que no mundo em que vivemos, só poderíamos entende-los razoavelmente se deixarmos de lado antigas regras, como por exemplo a ordem seqüencial das coisas. Segundo ele num mundo simultâneo, não podemos entende-lo isolando as partes, mas sim, encontrando ligações onde a obviedade não mostra.
Foi quando surgiram os conceitos de “espaços de fluxos” e “tempo intemporal” na “Era Informacional”, temática abordada extensivamente por [7]Manuel Castells, que procurava tornar inteligíveis os novos processos sociais trazidos pela inovadora Internet e a complexa economia mundializada do Capitalismo (Informacional).
Seguindo essa linha, investigamos autores consagrados no campo das Tecnologias da Inteligência, como Bill Gates, Nicholas Negroponte, Carl Sagan e Aldous Huxley.
A parte antropológica do estudo foi baseada nas teorias de Darcy Ribeiro e Margaret Mead, alem de diversas outras unanimidades no campo das Ciências Sociais, como AlanTuraine, Edgar Morin, Evan-Pritchard e John Collier Jr.
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[1] Kersten, Holger.1951-.Jesus Viveu na Índia; tradução de Cecília Casas. São Paulo, Ed. Best Seller, 1988.
[2] Wiener, Norbert, 1894-1963. Cibernética; ou, Controle e comunicação no animal e na máquina; trazido por gita K. Ghinzberg. São Paulo, Ed. Polígono e Universidade de são Paulo, 1970.
[3] Capra, Fritjof. A Teia da Vida, Uma nova compreensão cientifica dos sistemas vivos, tradução de Newton Roberval Eichemberg. São Paulo, Ed. Cultrix,1999.
[4] Guattari, Félix, 1930-1992. Caosmose: um novo paradigma estético; tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. São Paulo, Ed. 34, 1992.
[5] Lévy, Pierre, 1956-. As Tecnologias da Inteligência; tradução de Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro, Ed. 34, 1993.
[6] MacLuhan, Marshall, 1911-. A galaxia de Gutemberg; a formacao do homem tipográfico; tradução de Leônidas Gontijo de Carvalho e Anysio Teixeira. São Paulo, Ed nacional e Ed USP, 1972.
[7] Castells, Manuel, 1942-. A sociedade em rede; tradução de Roneide Venâncio Majer. – ( A era da informação: economia, sociedade e cultura; v. I). São Paulo, Ed. Paz e Terra, 1999.
Uma pesquisa sociológica sobre linguagem e sociedade envolve muitos aspectos que aparentemente não estão ligados. Cabe ao cientista em formação elucidar esses vínculos de forma a tornar claras as relações entre técnica e cultura, entre comunicação e tecnologia, entre evolução e desenvolvimento, entre entendimento e conclusão, enfim, cabe ao cientista social apontar como determinados fatos devem ser estudados no seu campo.
A tradição da minha escola de sociologia é diferente do tema abordado nesta pesquisa, o que dificultou certas comunicações e por vezes trouxeram mal-entendidos. Grande parte do trabalho foi eminentemente bibliográfico, o que reuniu num mesmo volume obras da maior importância social que pareciam esquecidos da comunidade acadêmica.
A metodologia aplicada a esta pesquisa foi basicamente a observação participante (durante o estagio de informática no Centro de Processamento de Dados/Pró-Reitoria de Graduação), entrevistas e uma incansável busca por literatura especializada em tecnologias da inteligência.
Começo por um livro que motivou toda a pesquisa: “Jesus Viveu na Índia”, de [1]Holger Kersten, com o subtítulo, “A desconhecida história de Jesus antes e depois da Crucificação”, e que me levou a querer descobrir quais as formas de controle que as classes dominantes utilizaram para manter o poder e manipular grandes massas humanas desde o início de nossa Era.
Essa busca me levou ao encontro da Cibernética, uma ciência nova, criada e conceitualizada por [2]Norbert Wiener. Com as possibilidades alcançadas através da cibernética o homem deu um salto quantitativo e qualitativo de seu entendimento da vida e de sua relação com o mundo. A descoberta desta nova ciência levou-me a direcionar os estudos para as formas como cada cultura lidava com sua oralidade, com sua memória coletiva, e como essa memória através da oralidade impunha as relações de poder dentro de cada sociedade.
A oralidade aqui, é trabalhada com o conceito de técnica, ou seja, como uma ferramenta utilizada e desenvolvida por cada cultura para tornar a comunicação possível entre os membros desta cultura e assim manter a sociedade viva e em equilíbrio.
Desta forma o estudo foi se complexificando, pois tive que buscar fundamentos psicológicos para o ser humano querer viver em sociedade apesar de todas as diferenças, e ainda progredir materialmente e espiritualmente. Nesta busca encontrei [3]Fritjof Capra, tecendo uma teia entre todos os campos científicos e filosóficos, enfim, uma teia epistemológica, semiótica, holística.
Quando encontrei os trabalhos de Capra me deparei com uma fonte infindável de pesquisa bibliográfica e me vi fora dos domínios da tradicional e positiva ciência social.
Passei então a procurar fundamentos filosóficos para o entendimento dos efeitos das novas tecnologias nas culturas que antes não dispunham destas técnicas: maquinas a vapor (quando só existiam barcos à vela e cavalos para o transporte), fotografia (quando só havia pinturas), telégrafo (quando só havia cartas), etc. Essas inovações tecnológicas tiveram imenso impacto em todas as sociedades, mesmo as mais remotas, e assim foi com o avião , o automóvel, a metralhadora, a maquina de escrever portátil, o radio, a televisão, o computador pessoal, o vídeo-cassete, o telefone celular, o cd, a Internet móvel,etc... Uma infindável lista de inovações tecnológicas que mudaram (e ainda estão mudando) o mundo, as pessoas e o que as pessoas pensam dele.
Está, então, no escopo deste trabalho de pesquisa, fatos que mostrem como nossa cultura através da criatividade de seus membros, assimilam as novas tecnologias e o que fazemos para produzir nossa própria “nova tecnologia” e difundi-la neste mundo globalizado sob esta nova ordem mundial.
A Complexificação
Depois que encontrei os estudos do físico Fritjof Capra, busquei algumas respostas na contemporaneidade da psicanálise de [4]Félix Guattari, que propõe um novo paradigma para o conhecimento humano. Tendo em vista suas idéias inovadoras sobre as percepções humanas, acabei obtendo mais perguntas do que respostas, com a grande diferença de que agora eu sabia fazer as perguntas. A questão semântica é básica nas teorias de Guattari, o que me arrastou até os livros de [5]Pierre Lévi, que analisava como seria o pensamento humano na era digital, na época da virtualização do real.
Antes mesmo de encontrar as teorias revolucionárias da cibernética de Wiener, me deparei com [6]Marshall MacLuhan, o filósofo da era eletrônica (como era conhecido em 1964), precursor de teorias fantásticas sobre os meios de comunicação e suas relações com o homem, este cientista ensinou ao mundo uma nova forma de ordenar as idéias, que ele chamava de mosaicos. Ele afirmou que no mundo em que vivemos, só poderíamos entende-los razoavelmente se deixarmos de lado antigas regras, como por exemplo a ordem seqüencial das coisas. Segundo ele num mundo simultâneo, não podemos entende-lo isolando as partes, mas sim, encontrando ligações onde a obviedade não mostra.
Foi quando surgiram os conceitos de “espaços de fluxos” e “tempo intemporal” na “Era Informacional”, temática abordada extensivamente por [7]Manuel Castells, que procurava tornar inteligíveis os novos processos sociais trazidos pela inovadora Internet e a complexa economia mundializada do Capitalismo (Informacional).
Seguindo essa linha, investigamos autores consagrados no campo das Tecnologias da Inteligência, como Bill Gates, Nicholas Negroponte, Carl Sagan e Aldous Huxley.
A parte antropológica do estudo foi baseada nas teorias de Darcy Ribeiro e Margaret Mead, alem de diversas outras unanimidades no campo das Ciências Sociais, como AlanTuraine, Edgar Morin, Evan-Pritchard e John Collier Jr.
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[1] Kersten, Holger.1951-.Jesus Viveu na Índia; tradução de Cecília Casas. São Paulo, Ed. Best Seller, 1988.
[2] Wiener, Norbert, 1894-1963. Cibernética; ou, Controle e comunicação no animal e na máquina; trazido por gita K. Ghinzberg. São Paulo, Ed. Polígono e Universidade de são Paulo, 1970.
[3] Capra, Fritjof. A Teia da Vida, Uma nova compreensão cientifica dos sistemas vivos, tradução de Newton Roberval Eichemberg. São Paulo, Ed. Cultrix,1999.
[4] Guattari, Félix, 1930-1992. Caosmose: um novo paradigma estético; tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. São Paulo, Ed. 34, 1992.
[5] Lévy, Pierre, 1956-. As Tecnologias da Inteligência; tradução de Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro, Ed. 34, 1993.
[6] MacLuhan, Marshall, 1911-. A galaxia de Gutemberg; a formacao do homem tipográfico; tradução de Leônidas Gontijo de Carvalho e Anysio Teixeira. São Paulo, Ed nacional e Ed USP, 1972.
[7] Castells, Manuel, 1942-. A sociedade em rede; tradução de Roneide Venâncio Majer. – ( A era da informação: economia, sociedade e cultura; v. I). São Paulo, Ed. Paz e Terra, 1999.
Aqui alguns sites que venho experimentando desenvolver:
Magno Rocha
UFC Carlos Magno
Carlos Magno
amufc <
gemeos
andrea zona
Antropologia Visual Zerivancuca
cheiro de cafébanda soulzé
Magno Rocha
UFC Carlos Magno
Carlos Magno
amufc <
gemeos
andrea zona
Antropologia Visual Zerivancuca
cheiro de cafébanda soulzé
Acabei de retomar meu mail da globo.com.
O curioso é que faz mais de um ano que não consigo usá-lo. Quem tava usando era um cara de não aonde com o nome de Magno Castro. Que bicho otário!
O curioso é que faz mais de um ano que não consigo usá-lo. Quem tava usando era um cara de não aonde com o nome de Magno Castro. Que bicho otário!
Olha ae a cotacao de ontem:
Today's Rate of Exchange:
Name In US$ Per US$
Argentine Peso 0.62500 1.600
Australian Dollar 0.51730 1.933
Belgian Franc 0.02192 45.620
Brazilian Real 0.42301 2.364
British Pound 1.4417 0.694
Canadian Dollar 0.62964 1.588
Chinese Yuan 0.12097 8.267
Dutch Guilder 0.40119 2.493
EURO 0.88390 1.131
French Franc 0.13478 7.420
German Mark 0.45204 2.212
Hong Kong Dollar 0.12823 7.799
Indian Rupee 0.02075 48.190
Italian Lira 0.00046 2,190
Japanese Yen 0.00762 131.2
Korean Won 0.00076 1,310
Mexican Peso 0.10919 9.158
Russian Rouble 0.03276 30.530
Spanish Peseta 0.00531 188.2
Swedish Krona 0.09624 10.390
Swiss Franc 0.60201 1.661
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Swiss Franc 0.60201 1.661
1.14.2002
Bela segunda!
Começa hoje o curso de Dreamweaver 4 na Infomar.
Estou em casa agora baixando os mails e blogando.
Náo pude ir a PRGr hoje, o vestibular foi confuso na UFC. várias pessoas foram tiradas das salas e fala-se em anula;ão do vestibular.
meu Projeto está quase pronto, com monografia e tudo que tem direito. Aguardem, em breve no AnthropologicuS Blogger
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